Hospital de Konoha

por **NPC** Dom Out 24 2010, 14:01

~ Hospital de Konoha ~

Hospital de Konoha Konoha-hospital

O maior hospital do País do Fogo fica em Konohagakure no Sato, e é onde se concentra grande parte dos iryuunins mais competentes do mundo ninja. Tem dezenas de leitos disponíveis e suporta desde os casos mais leves até cirurgias e medininjutsu avançado. Possui quatro andares de quartos individuais e conjugados, além da Sala de Emergência (ER) e do subterrâneo, onde ficam as Salas de Selamento. Atendem qualquer tipo de pessoas desde simples habitantes, até grandes ninjas.

Médico Chefe (Director):
-> Cargo disponível

Médicos Superiores (Senseis):
-> Cargos disponíveis

Aprendizes de Medicina (Genin):
-> Cargos disponíveis

por **Yamanaka Setsuka** Ter Nov 09 2010, 19:19

A kunoichi, sempre com Naoki às suas cavalitas, havia corrido com toda a sua velocidade para o hospital de Konoha, que felizmente não era muito longe dos campos de treino. Mal chegara ao edifício tinha-se dirigido de imediato á sala de Emergências, entregando o rapaz a uma enfermeira e dizendo rapidamente, mesmo sem ainda lhe terem perguntado o que quer que seja:

- Treino de Equipa. Um genin idiota entusiasmou-se com as Kibaku Fuudas.

Havia falado numa voz seca, ainda zangada com o que havia ocorrido no treino. A enfermeira apenas anuiu, embora olhasse para ela desconfiadamente, antes de levar o rapaz para uma das camas e chamar um dos medic-nins. Setsuka seguiu a enfermeira e quando esta disse que a Yamanaka teria que esperar lá fora, a kunoichi respondeu rispidamente, quase como se estivesse a rosnar:

- Quero ver quem me vai impedir de entrar onde quer que seja!

A enfermeira calou-se de imediato, com receio que Setsuka a atacasse mesmo ali, no meio das Urgências, o que a irritou ainda mais, pois embora tivesse vontade de bater na mulher, não o faria num local tão público, pois ao contrário dos seus genins, até tinha cérebro. A kunoichi sentou-se então ao lado da cama de Naoki, sem olhar para o rosto deste, pois ia sentir-se culpada se ele estivesse mesmo inconsciente, pois só conseguira ajudar o Uzumaki.

- Diz algo depressa, puto... - murmurou a Chuunin de uma forma nervosa.

por **Ero-Rioshi** Ter Nov 09 2010, 20:23

Rioshi estava em sua casa na qual estava cansado de ficar sem fazer nada o mesmo lembra-te que irias aprender algums ninjutsus medicinais na qual teria de ir no hospital de sua vila para aprender jutsus que presicava aprender caso emergencia entao o mesmo saia de sua casa em direcao ao hospital.

Chegando ao hospital num estilo de boysinho o mesmo segue ao local onde teria apresentacoes para genins que desejavam ser medicos de konoha como Ero-Rioshi queria tanto aprender entao o mesmo seguia um pouco mais de onde estava e o mesmo calado e olhando fixamente para o ninja medico que iria lhe ensinar jutsus medicinais e rapidamente ficava olhando para outros lados esperando os ninjas que iriam aprender primeiro para poder falar com oninja que iria lhe encinar o que queria.

-Sr.poderia me encinar o jutsu imediatamente ja que tenho um compromissio com minha equipe para comprir depois da aula de medicina ?.Dizia Rioshi para o ninja que iria lhe encinar as tecnicas medicnais que tanto queria aprender quando genin entao o mesmo ficava a espera do ninjas que iria lhe encinar as tecnicnas de medicinas basica ja que era genin ou seja novato na medicina.

por **Naoki** Sex Nov 12 2010, 04:01

Off: Desculpa a demora, esqueci-me totalmente que tínhamos mudado de local de RP. >.<

Uma realidade paralela, estranha, inóspita. Havia perdido a conta do tempo que já ali estivera, nas profundezas do seu ser. Podia agora ver um vulto à sua frente, como se os seus olhos não conseguissem, ou não quisessem, focar aquela figura encapuzada. Não fazia diferença, o seu esgar malévolo e a sua intenção haviam sido predeterminadas.
Aquele odor metálico que o dominava agora fazia-o sentir-se agoniado, olhou para as suas mãos, o seu corpo, e viu. O escarlate que tangia agora as suas vestes, a sua pele, o líquido da vida: sangue. Sentiu o seu coração bombear com mais força, o seu lábio inferior tremelicar de forma incoerente. Mordeu-o hesitantemente, à sua frente o corpo da sua mãe jazia, já sem vida. Em todo o redor, dezenas de mercenários, alguns deles shinobis, encontravam-se também na posição de repouso eterno.

Fiz como me pediu, - uma vénia. - Mestre.

Era verdade, naquele momento não queria, não podia ter morrido. Quando mais desejou a ajuda veio, de mãos menos próprias, de um ser menos divinal do que ele teria querido. Mais concretamente, de um demónio. A silhueta esculpida contra o pôr-do-sol era grotesca, espectacular e ao mesmo tempo aterrorizadora. O pequeno não foi capaz de proferir uma palavra, estava ainda em choque para com as suas acções, havia vendido a sua alma a um demónio e agora era altura de pagar por isso. Cem anos de solidão, era o pagamento para o serviço feito neste dia. E agora tinha dificuldade em acreditar que iria morrer sozinho, depois de cem anos de miséria. Então porque raios havia ele pedido ajuda em primeiro lugar? No meio do seu desespero, não havia tido lugar para a lógica. Não queria responder nada naquele momento, talvez na fraca ideia de que, em breve, iria acordar. Não era um sonho, a realidade estava a bater à porta e ele recusava-se a abrir. Mas na verdade, esta realidade era bem persistente, e sem sequer bater uma segunda vez fez questão de arrombar a porta.
Uma garra aproximou-se da sua face, tocando uma das unhas no seu queixo. A dor? Podia apenas ser comparada à própria morte.

Monólogo

Pensei que fosse acordar naquele momento, geralmente o sonho acaba ali, mas estava enganado. Algo mudou, ou está prestes a mudar em mim, sinto-o. Certamente não será para melhor e muito provavelmente terá custos adicionais. No fundo, começo a acreditar que talvez tivesse sido melhor deixar-me ficar naquele dia. Há escolhas que, realmente, podem fazer a nossa vida girar a cento e oitenta graus.

O toque durou apenas uns instantes para o mundo, mas dentro daquele toque, encontrava-se o poder de ir mais além, o poder de negar a própria natureza das coisas, de reformular o fluxo de todas as coisas: o tempo. Naquelas fracções de segundos em que o toque se deu, para Naoki, uma centena de anos passou, o seu âmago foi ferido por uma solidão imensurável, captado por uma pequena luz, tão longe que parecia estar prestes a extinguir-se. Ao fim daquele mero contacto, o rapaz ficou num coma de quase 2 meses. A sua mente violada, o seu corpo torpe, o seu espírito deturpado. Outrora um rapaz, agora apenas uma concha vazia.

[…]

Os olhos do rapaz abriram-se lentamente. Gemeu de dor, ainda forte, e observou a sua sensei, sentada ao lado da maca. No seu olho direito, lá estava ela, a marca demoníaca que antes estivera na sua língua, agora plenamente visível à rapariga e qualquer um que olhasse com atenção. Desapercebido, para Naoki nada tinha mudado.

Gomen, Setsuka-san, fui incapaz de me defender, não sou digno de ser teu Genin.

por **Yamanaka Setsuka** Sex Nov 12 2010, 16:42

Momentos, que para ela tinham durado uma eternidade, tinham-se passado antes que o Genin desse algum sinal de vida, sendo que quando o fez, uma onda de alívio percorreu o corpo da kunoichi, alívio esse que foi demonstrado por um suspiro profundo, que quase poderia parecer orgásmico, não estivesse ela naquela situação. Ouviu as palavras do Genin, não olhando para ele, e embora estivesse a mentir se dissesse que não tinha ficado desapontada com a sua equipa, sabia que não podia culpar aqueles recém-ninjas.

- Não digas isso Naoki. Se estás assim é porque não te prepararam direito na academia. Afinal, se apenas vos ensinam um ou dois jutsus de porcaria, não devia estar à espera de uma demonstração de poder elevada. - disse numa voz que já era calma, acrescentando: - Vim para aqui com demasiadas expectativas, até porque aprendi aos 3 anos o que vos ensinam aqui aos 10, ou até mais tarde.

Aquela era a verdade. Quando viera para Konoha estava à espera que "chovessem" prodígios, mas tirando uma excepção ou outra, as pessoas da idade dela eram, regra geral, bem mais fracos do que ela, até porque tinham sido criados numa realidade completamente diferente, em que a segurança, a comida e os carinhos eram algo garantido, enquanto que ela fora preparada para uma vida de sacrifícios, em que a qualquer momento podia ter a sua vida em risco. Encarou então Naoki, pronta a começar a abordar o assunto do beijo, mas a marca que este tinha sobre o seu olho direito, calou-a.

"Como é que aquilo apareceu?" questionou-se a Yamanaka.

Aproximou-se da cabeça do rapaz, a curiosidade a tomar conta do seu bom senso. Havia algo naquela marca que a deixava estranhamente intrigada, embora não soubesse distinguir se estava assim pela dita marca ter aparecido repentinamente ou pelo seu desenho peculiar. Num impulso não controlado a sua mão estendeu-se em direcção ao rosto de Naoki, segurando-o levemente. Tentou decifrar o que poderia ser aquilo, mas nada lhe vinha à mente, dado que nunca tinha visto tal coisa.

- Naoki... - murmurou Setsuka - Que marca é essa que tens sobre o olho?

Ao contrário das perguntas que havia feito ao rapaz no campo de treino de equipa, a sua questão era agora feita num tom de voz perfeitamente normal, que revelava apenas curiosidade, sendo que a sua expressão retratava isso mesmo, pois os seus olhos estavam focados na pequena tatuagem e os seus lábios estavam semi-abertos, dando-lhe um ar de criança inocente que acabara de descobrir algo novo. Dificilmente Naoki a voltaria a ver assim e por momentos a kunoichi esqueceu-se que devia repreender o outro Yamanaka pelo beijo que este lhe tinha dado.

por **Mikazu** Sex Nov 12 2010, 18:05

As sandálias azuis de Mikazu batiam agora suavemente no átrio de entrada do Hospital de Konoha. As portas automáticas abriram-se, e o Genin de cabelos amarelos adentrou pelo edifício. Tinha um ar sério, mas tentava não demonstrar muito desprezo a ninguém, senão não iria conseguir entrar onde queria. Olhou para um lado e para o outro. Um número razoável de pessoas encontrava-se no Hospital naquele momento. Enfermeiros, enfermeiras, medic-nins, alguns doentes sentados esperando por algo, outros a andar de um lado para o outro, sabe-se lá a fazer o quê.

Começou então a andar em direcção á porta das Urgências. Pelo menos pensara que Naoki havia ido para lá junto com a Sensei da equipa 2. Estava num estado em que seria necessário entrar numa urgência para ser tratado.
A porta que dava acesso para o local onde o seu objectivo estaria estava cerrada, e era preciso uma "autorização" para entrar ali dentro. Suspirou profundamente, e começou a pensar em como entrar ali dentro.

-Kuso...Preciso de algo, uma ideia, rápido...

Com a sua mão direita a coçar a cabeça, olhou para o seu lado esquerdo e visualizou as casas de banho, enquanto que um medic-nin passou á sua frente. Os seus olhos brilharam, e o Uzumaki foi de imediato em direcção ao WC, agora com as mãos nos bolsos e assobiando. Lá dentro, verificou de que ninguém estava no local. Á medida que percorria o solo azulejado e branco daquela casa de banho, olhava para os espelhos, ainda assobiando, e procurando um compartimento vazio. Encontrou finalmente um. Trancou-se lá dentro, e de imediato fez o selo Tigre, enquanto relembrava o medic-nin que havia passado á sua frente ainda á poucos segundos. Com o Chakra a circular no seu corpo, e a concentrar-se no centro, Mikazu abriu a boca e disse baixinho para só ele ouvir.

-Henge!

Fumo invadiu aquele compartimento, e a porta abriu-se. A fumaça começou logo a desaparecer, enquanto que um Homem elegante, vestido de branco, com óculos, saía de dentro daquele compartimento. Sorria agora, saindo da casa de banho em direcção á porta das urgências. Carinhosamente, Mikazu agora disfarçado de um medic-nin acenou para a enfermeira que estava no seu lado direito, no balcão e apontou para a porta. Esta, com os seus cabelos loiroc, sorriu mostrando todos os seus dentes e clicou em algo que o Uzumaki não identificou pois estava tapado pela secretária, contudo, a porta abriu-se. Focou de imediato a sua atenção no corredor agora á sua frente.

Com um passo acelerado, adentrou pelas urgências a dentro, percorrendo um grande corredor e olhando para todas as portas do lado esquerdo e direito, procurando quem queria. Andou cerca de dois minutos e isso fora o suficiente. Numa porta do lado esquerdo, com o número 24 ao lado da mesma, visualizou uma rapariga de cabelos loiros, sentada e agachada, perto da cama onde estava deitado em decúbito dorsal um rapaz de cabelos negros com algumas ligaduras por todo o corpo. Naoki e Setsuka-sensei. Os punhos de Mikazu cerraram-se e este avançou para dentro do quarto onde Naoki e a sua sensei estavam, á medida que o Henge no jutsu se desfez, mostrando novamente o Genin de cabelos louros e olhos azuis.

-Porque é que falou conoosco daquela maneira - disse Mikazu num tom baixo, mas de desafio - Disse que deveriamos de nos dar como familiares por sermos companheiros de equipa, contudo, você também é da nossa equipa, e não nos tratou como familiares, mas sim como cães.

Mikazu avançou ainda mais, colocando-se ao lado de Setsuka, olhando para Naoki que estava acordado, com uma marca estranha no seu olho, mas não ligou muito a isso, focando agora as suas atenções na sensei.

-Familiares não berram uns para os outros da maneira que o fez, e muito menos rebaixam os outros. Não foram eles que tiveram culpa do que aconteceu. Apenas os culpou porque não sabia mais o que dizer. Weak. Um sensei, Chuunin, não faz o que você fez, nem deve.

Continuava com os punhos cerrados. Na realidade, não sabia porque fora até ali dizer aquilo tudo, mas achava que tinha de ser dito.

por **Yamanaka Setsuka** Sex Nov 12 2010, 18:53

A chegada de Mikazu fora algo, apesar de tudo, positivo, pois fez Setsuka despertar do seu estado de demasiada curiosidade e perder aquela expressão quase infantil, o seu rosto retomando a uma máscara, embora aquele disfarce fosse um diferente, pois os seus lábios estavam retorcidos num sorriso jocoso. Aquele rapaz era especialmente burro.

- Na realidade, fofura, os senseis numa equipa, são os chefes...ou, para manter isto a um nível familiar, são os pais. E é função deles chamarem a atenção para as borradas que as pequenas crias fazem. Se nenhum familiar teu, se é que tens, berrou contigo quando erraste então não foste minimamente bem educado. - disse num tom calmo.

Aquele era um conceito básico da educação de várias famílias. Quando alguém fazia porcaria, devia ouvir e conforme a gravidade do assunto, a altura dos berros devia aumentar. E, na mente dela, dois dos genins decidirem aliar-se contra outro, sendo que esse quase fez explodir um dos colegas era motivo mais que suficiente para ela berrar uma tarde inteira, ou pior.

- Esperavas que quê? Que vos fizesse uma festinha na cabeça e dissesse que para a próxima se tinham de portar bem? - questionou num tom irónico.

Levantou-se calmamente da sua cadeira e fixou o seu olhar sobre os olhos de Mikazu, num olhar que não dizia nada, pois as suas orbes cor de safira não tinham, naquele momento, qualquer espécie de brilho. Não iria facilitar a vida de nenhum dos seus genins, antes pelo contrário. Podia-se dizer que ela seria a ovelha negra da "família". Faria, se fosse necessário, a vida daqueles miúdos num inferno, pois nenhum deles parecia-lhe estar minimamente preparado para a tarefa que tinham em frente. Não iria perder muito tempo com aquele Uzumaki, sendo que se levantara apenas para acrescentar:

- Reclamas da atitude que eu tive, mas tiveste muita sorte em não te mandar de novo, assim como aos teus colegas, para a Academia. Acredita que só não fiz isso, porque é mais que óbvio que lá não ensinam nada de jeito. Se tu passasses um pouco do que eu passei, estavas mais que morto a esta hora. Não gostas de mim, tudo bem! Aliás, até fazes bem em odiar-me. Neste momento, acho-vos fracos. Provem-me o contrário e daqui a muitos anos, quando os vossos coleguinhas tiverem o nome deles no Memorial dos Ninjas mortos em batalha e vocês tiverem vivos, vais agradecer o facto de eu hoje ter sido uma cabra!

Após isto, sentou-se de novo. Não iria aturar mais atitudes de crianças que não sabiam nada de nada e cujas mãos ainda não estavam inundadas de sangue, ao contrário das dela. Voltou a encarar Naoki, lembrando-se da questão que lhe tinha feito, embora sentisse que ele não lhe iria especificar o que era aquilo.

por **Naoki** Sex Nov 12 2010, 21:27

O genin, ferido como estava, pode apenas achar estranha a pergunta da sua sensei. Marca no olho? De que estava ela a falar? Essa pergunta teria que ficar em espera pois Mikazu, um dos seus colegas de equipa entrou pela sala dentro, interrompendo mais uma vez uma situação complicada e, provavelmente, vendo algo que não deveria ter visto.
Ao contrário do que Setsuka podia pensar, Naoki havia vivido já bastante, e sabia os básicos de sobrevivência, talvez não através de técnicas shinobi, que essas apenas viria a aprender a sério aqui em Konoha, mas a sua capacidade intelectual era sem dúvida acima da média. Ouvir, uma das características que melhor lhe assentava, era uma capacidade necessária para ele se poder inteirar de todos os detalhes antes de dizer fosse o que fosse. E por isso ouviu o que, tanto Setsuka como Mikazu tinham a dizer, antes de, caricatamente, suspirar. Agora era novamente a sua vez de obter as atenções dos outros dois participantes, quiçá pela sua forma de agir.

Na verdade, estão ambos errados. - com algum esforço, sentou-se na cama, acomodando a almofada atrás de si para apoiar melhor as suas costas. - Mikazu-san, uma repreensão é um bem necessário à educação, e é a função do sensei certificar-se que nós, Genins, compreendemos aquilo que nos é incutido na nossa aprendizagem. - os seus olhos transladaram do seu companheiro para a sensei - E sensei, - não a tratou pelo nome próprio por uma questão de respeito, não queria dar, em frente a outros, uma ideia errada da sua atitude. - Na verdade a nossa equipa deve considerar-se como família, mas quando colocados em frentes diferentes, devemos de ser capazes de enfrentar qualquer oponente, qualquer obstáculo. Para um shinobi, para um ser humano, os laços são importantes, são o que nos torna humanos, mas na realidade são também o que nos torna fracos. Se somos incapazes de enfrentar os nossos companheiros de equipa num treino controlado, acha que seríamos capazes de os enfrentar se eles um dia se revoltassem contra a vila, contra nós? Saber julgar em que ocasiões usar a força, e em que ocasiões recuar, tudo isso faz parte da nossa natureza, do nosso instinto. Mas o que estamos a aprender nesta equipa, nunca pode ser a proteger cegamente aqueles que nos rodeiam. Porque, tal como num jardim de flores, algumas criam espinhos, no nosso meio, algumas pessoas deixam-se manipular facilmente, se nessa altura não os conseguirmos enfrentar sem hesitar, então seremos, sem dúvida, mortos.

Havia evitado falar no que se passara no seu passado propositadamente, não o tencionava fazer, e agora tinha um olhar bastante sério, à medida que as emoções vinham ao de cima. Tentou conter-se, sem que os seus olhos encontrassem conforto em qualquer uma das personagens ali presentes, e sem receber uma resposta, deixou-se descair para trás, ficando quase deitado novamente.
Algo o irritava imensamente naquele rapaz. Mikazu era demasiado ingénuo, demasiado inexperiente e demasiado optimista para se vir a dar bem no mundo shinobi. Mas acima de tudo, tinha algo que lhe faltava: vivacidade. Ah, deixou os olhos repousarem, fechados, maldito.

por **Sutomu** Sáb Nov 13 2010, 13:36

A brisa moldava-se em circulo, quanto ao franco espaçado daquele quarteto de paredes! Até alguns conjuntos de clorofila surtiam ali, caindo brandamente sobre o solo madeirado. Após revelara-se o mancebo! As madeixas moviam-se contornando teu rosto, enquanto o ciclone desfazia-se movendo a tudo ali, não com escala pra derrubar nada, mas dava movimento a coisas de baixa massa! Em corpo ereto, agora empunha tua perna direita sobre a cama, e aproximava teu rosto, com a mão canhota ao queixo, do rosto de Naoki! Ficava observando com um tom de observador!

- Garotinho! O que é esse troço no teu olho?

Possivelmente seria respondido por ele, dois passos, era o que definiria seus movimentos a retaguarda! Visava Mikazu e a Sensei agora, um pouco desajeitado acenava pra eles, sorrindo...

- Ah... Yo povo!

Logo retirava o sorriso de teu rosto, seu semblante movera-se de uma forma ligeira até de mais, teus olhos cerravam-se levemente, deixando somente uma pequena fresta para ver!

- Isso é pra ti, “fracote”...

Estendendo seu membro superior destro, logo a capa que ocultava seu corpo erguia junto de sua mão, revelando uma cesta, ao seu interior, várias frutas, eram uma diferenciada da outra! Mas então as colocava sobre as pernas do mancebo que se deitava! E sem olhar mais pra nada, virava teu corpo, enquanto virava as costas pra todos, se retirando daquele local... Sutomu estava um pouco estranho, mas deveras não indicar a ninguém!

por **Yamanaka Setsuka** Sáb Nov 13 2010, 14:09

Não evitou um sorriso, quando ouviu as palavras de Naoki. Até porque se algum dos genins decidisse ir contra a vila, ela até ficava contente, pois estavam a fazer-lhe um grande favor. Era triste que muita gente pusesse a vila em primeiro lugar e estava prestes a comentar isso quando Sutomu entrou, deixando apenas um cesto de frutas e partindo quase de imediato, sem que ela tivesse tempo de comentar a boa atitude do rapaz.

- Este mancebo tem um gosto estranho para entradas e saídas surpresa... - comentou em voz baixa, mais para si do que para os outros genins.

Mas no pouco tempo em que o Ookaeri estivera ali, fizera a kunoichi recordar-se da sua curiosidade acerca da marca que aparecera em Naoki. Mas antes de perguntar o que era aquilo, esclareceu a sua opinião.

- Se um dia, à excepção dos exames estúpidos que vos obrigam a fazer, tiveres de enfrentar um companheiro para te protegeres, então essa pessoa nunca foi verdadeiramente tua amiga. Os laços não te tornam fracos, o que te poderá tornar fraco é não saberes avaliar o laço que te une. Quanto à vila, espero que a tua opinião não signifique que dês mais valor a ela do que às pessoas.

Retirou a sua headband da cabeça e encarou-a por breves momentos. A lealdade que davam a um símbolo era ridícula, sendo que a única coisa mais estúpida que ser leal a um símbolo era ser leal a algo que não se via, como os deuses, produtos de imaginação de gente doente. Olhou para os lados e vendo que estavam afastados de pessoas que não deviam ouvir o que ela ia dizer, Setsuka apontou para a headband, dizendo:

- Isto é apenas um símbolo, assim como ser shinobi é apenas um emprego. Existem muitos motivos pelos quais se pode querer ser um shinobi, mas servir um símbolo não deve ser um deles. A verdadeira função do shinobi não é, ao contrário do que dizem os livros, proteger a vila, mas sim as pessoas com que te importas. Até porque a vila não é nada mais que um aglomerado de pessoas, que podes ou não apreciar. O importante são as pessoas, nada mais. Se pensares bem, ninguém é shinobi apenas para proteger um pedaço de terra. Faz-se sempre esta escolha por alguém, nem que seja por si próprio.

Aquilo era a mais pura das verdades. Até te podias tornar um shinobi apenas para proteger o local onde estava a tua casa, mas no fundo, essa casa nunca seria um lar sem as pessoas que te rodeavam no dia a dia. Mas não iria tentar explicar aquilo, até porque era possível que eles, ao contrário dela, vissem Konoha como um lar, enquanto que ela sabia que pertencia a Amegakure e que nunca seria feliz neste sítio onde o sol brilhava. Sacudiu então os cabelos loiros e tentando acabar com aquele assunto, apontou outra vez para o olho do Naoki, como a dizer que este devia explicar-se.

por **Mikazu** Sáb Nov 13 2010, 14:54

As palavras da sua Sensei entravam pelos ouvidos de Mikazu como se fossem uma espécie de lâminas, mas lâminas que se aguentavam. O som ecoava pela sala. Não era suposto chamar á atenção dos médicos, porque provavelmente o Genin não deveria de estar ali dentro, mas se Setsuka-sensei se encontrava ali, parecia não haver problema. A rapariga dos cabelos amarelos continuava a falar num tom amargo, áspero, nada amigável, mas calmo para o seu Genin. O Uzumaki sorriu quando finalmente parecia que a Chuunin havia terminado o seu "discurso". O rapazinho dos cabelos amarelos aproximou-se da sua sensei, e ficou muito próximo dela, olhando-a nos olhos, com os narizes quase a tocar um no outro. Á medida que a sua boca se abria, Naoki já se começava a levantar na cama, ficando sentado.

-Nunca conheci os meus pais, nem nunca tive educação além da da academia, quando lá punha os pés. Mas não é por isso que não sou educado. Se não fosse educado não me teria deslocado até aqui para a confrontar com o que nos disse. O papel de um pai não é berrar a dizer que fez mal, é sim apaziguar e compreender, tentando melhorar as coisas para que da próxima tudo corra bem.

Os seus punhos cerrados relaxaram, e ficaram pendentes ao longo do corpo de Mikazu. Os seus olhos azuis estavam focados nos olhos azuis da sua Sensei. Não tinha medo, não queria saber de intimidações.

-Mandar-nos de novo para a Academia só iria fazer com que nos odiasses mais. Dizes que lá não ensinam nada de jeito, então porquê mandar-nos de volta para lá? Se sofreu tudo o que diz ter sofrido, se passou por tudo o que diz ter passado, então está na hora de nos colocar como iguais e de ensinar aos seus alunos o que sabe e não dar sermões sobre algo que correu mal numa primeira vez! Somos uma Familía não é? ENTÃO TRATE-NOS COMO UMA! - A cabeça de Mikazu baixou-se um pouco enquanto que uma pequena lágrima caiu no solo de azulejo do quarto onde Naoki se encontrava - Não pode falar como se o que tivesse passado tivesse sido a pior coisa do mundo, quando nem sequer sabe o que os outros passaram. Tente conhecer melhor os seus "filhos", talvez tivesse sido melhor do que tentar colocar-nos uns contra os outros logo de início. E se viu que eu e o Naoki nos estavamos a aliar contra o Sutomu, se tivesse intervido nessa altura, agora não estaria aqui - voltou a olhar para Setsuka com os dentes cerrados - Odiá-la? Não. I look up to you , de hoje em diante passei a idolatra-la, é a minha Sensei e vou fazer sempre de tudo para que tenha orgulho em mim e em todos nós! Nunca mais deixarei acontecerem coisas destas como aconteceram hoje ao Naoki! E nunca deixarei nenhum Nakama morrer! Não nos trate como crianças, se sabe bem que isso, é algo que um Ninja não pode ser.

Com as palavras ditas, o Uzumaki olha para Naoki que havia acabado de falar, mas pouco tinha ouvido, por isso, simplesmente sorriu para o seu colega, e chegando perto da maca onde ele estava, nem sequer reparou que outra pessoa estava ali. Sutomu havia chegado ao quarto de hospital e entregado umas frutas a Naoki, colocando-as no meio das pernas deste. Não disse nada a mais ninguém e simplesmente saiu do quarto logo que pousou a cesta das frutas. Mikazu ficou um bocado perplexo ao ver aquilo, mas no fim sorriu, e agarrou numa maça, dando uma grande trinca na mesma, começando a mastigar e a falar ao mesmo tempo, virado para a sua sensei:

-Entendidos, sensei-sama?

por **Yamanaka Setsuka** Sáb Nov 13 2010, 16:04

Aquele discurso fora todo muito bonito e por momentos quase se sentiu culpada por ter sido um pouco mázinha, mas como arrependimento não fazia parte do seu dicionário, não fez nenhum discurso de novo, até porque Mikazu não tinha compreendido que ela não os mandaria para a academia mesmo porque eles não iam aprender nada e até porque não tinha intenção de os por uns contra os outros, desejando apenas ver quem tinha inteligência para perceber que aquilo era uma ordem falsa, sendo que apenas disse:

- Não esperava que um miúdo que usa um shunshin para se esconder num sítio sem esconderijos, decidisse ficar todo excitado com explosões. Pelos vistos, o vosso amigo Sutomu é piromaníaco, por isso vamos ter que ter cuidado.

A parte de Sutomu ser piromaníaco fora uma piada, mas mal sabia Setsuka que o mais provável era o rapaz ser mesmo viciado em explosões, pois isso era uma característica comum do clã do rapaz. Claro que mais cedo ou mais tarde iria entender que teria mesmo de ter cautela em relação à personalidade explosiva do rapaz, mas talvez, com alguma sorte, Sutomu adiasse as suas tendências para um futuro não muito próximo. Agora tinha que se preocupar com o que se passava de momento, pois o ambiente estava pesado. Por isso mesmo, resolveu admitir algo que não queria contar ao princípio.

- A minha reacção pode ter sido exagerada, Mikazu-kun, mas eu tenho a certeza que estou a ser vigiada e qualquer erro que eu faça pode ser arriscado para a minha permanência nesta vila...e tendo em conta que vos puseram comigo, pergunto-me se não estarão a ser vigiados também. - disse num tom que parecia ser preocupado. - O Naoki e o Sutomu também são estrangeiros e tendo em conta que pelos vistos és orfão como eu, talvez pensem que és um miúdo que é arriscado ter por perto...pessoas como nós têm uma maior possibilidade de se tornar um risco e um alvo a abater no futuro...

Mais uma vez, a sua mente começava a fervilhar, assim como o ódio no seu coração. Tinha agora a certeza absoluta que tinha a equipa que tinha apenas para os renegados estarem todos juntos. Não lhe espantaria em nada estar a ser seguida por uma equipa ANBU naquele preciso momento. De novo a sua raiva tirava a sua razão e não conseguindo controlá-la, cerrou o punho de tal modo, que as suas unhas cravaram-se na palma da mão tão profundamente que pequenos fios de sangue começaram a escorrer e a pingar para o chão. De novo se tinha esquecido da marca de Naoki e concentrando-se, resolveu dizer umas palavras a ambos os genins, embora as palavras fossem, de certo modo, mais para si mesma.

- Tenham cuidado...pode ser paranóia minha, mas isto de estarmos na mesma equipa não pode ser uma coincidência. Eu bem que desconfiei! Porque dariam uma equipa à filha de um assassino? A maioria desta gentalha de Konoha sabe quem eu sou e os ninjas mais importantes da vila devem saber que eu vi os Anbus a matarem o meu pai! Toda esta gente pensa que eu vou-me vingar...

A dor de se lembrar, mais uma vez, do momento do assassinato do seu pai, fez com que os olhos dela se enchessem de lágrimas, se bem que estas recusavam-se a cair. As suas intenções em relação a Konoha estavam longe de ser boas, mas ninguém lhe tinha dado uma oportunidade, sendo que a única coisa aproximada a uma chance de se integrar na sociedade era provavelmente um mero plano de isolamento.

- Não me admirava nada que nos mandassem matar durante uma missão... - sussurrou, com receio das suas próprias palavras.

Confessava que tinha medo, pois embora fosse uma espécie de prodígio ela era apenas uma chuunin, sendo que não podia fazer nada contra uma equipa de assassinato. Quem lhe dera que aquilo fosse apenas mania da perseguição, mas as pequenas peças de puzzle encaixavam-se apenas daquela maneira no seu cérebro. Olhou para ambos os Genins, esperando seriamente não os ter assustado. Quiçá dera-lhes demasiada informação ao falar de seu pai, mas se as suas suspeitas fossem verdade, era melhor eles terem a ideia que podiam correr grande perigo. Em breve teria que falar com alguém de sua confiança, mas todos estavam em Ame. Tinha sempre a opção de tentar falar com Draco e Kai, membros da sua antiga equipa, mas para ser realista, nunca conseguira confiar muito neles, tal como nunca conseguiria confiar em alguém de Konoha.

por **Mikazu** Sáb Nov 13 2010, 17:04

Mastigava a maça de uma maneira um pouco desagradável, no entanto, parou de fazer o tal acto quando ouviu o que a sua sensei lhe dizia. Um pouco mais calma, não continuou a mostrar que odiava Mikazu, nem tão pouco os seus Genins. De alguma maneira reconfortante, parecia que estava preocupada com eles, dizendo-lhes para ter cuidado com o que pudesse acontecer.
Levando a sua mão que continha a maçã novamente á boca, e dando outra bela trinca na mesma, continuou a mastigar o fruto, mas agora de boca fechada. A sua cabeça voltou-se para o tecto, na diagonal, enquanto que os olhos azuis do Uzumaki focavam-se num canto do tecto. Pensava seriamente no que Setsuka havia acabado de dizer. Será que não seria mesmo uma coincidência? Será que ao colocar os renegados todos "juntos", os superiores da vila queriam provar ou testar alguma coisa? Na realidade, Uzumaki Mikazu não sabia nada sobre a história passada de Naoki nem tão pouco de Sutomu. Quem sabe mais tarde conviveria com os seus companheiros de equipa para tentar saber algo, mas naquele momento isso não era o importante.

Engoliu o que tinha na sua cavidade bocal e em seguida sorriu mostrando todos os seus dentes e cerrou os olhos. Atirou a maçã ao ar num movimento rápido e apanhou-a logo em seguida, ficando com essa mesma mão e braço esticados, uma das suas pernas e cima de uma cadeira, ao que parecia relembrar uma pose heróica.

-Não tema Sensei! Não vou deixar que façam nada á Equipa 2! Que venham quinhentos esquadrões ANBUS, ninguém nos tocará!

Colocou-se de seguida numa pose de uma pessoa normal e inclinou o seu corpo para a frente, com as mãos e braços ao longo do mesmo, fazendo uma espécie de vénia.

-Peço desculpa por qualquer incómodo que possa ter causado aos pombinhos.

Dito isto, um riso de brincadeira foi solto, e num flash, o Uzumaki saltou para a janela, partindo a mesma, conseguindo assim sair para o exterior. Uma nova fase havia começado, e pelos vistos não estava sozinho nela. Treinos e treinos para ser o mais forte e para proteger os que gosta. Com os seus olhos azuis cheios de confiança corria agora em direcção ao centro da vila.

por **Ryanosuke Kai** Dom Nov 14 2010, 16:36

A janela transformar-se-ia em cacos, se ali ainda estivesse, com a cena seguinte a do Uzumaki. Um shinobi cai de pé no meio da sala, vindo voando diretamente do exterior do hospital. O impulso era tão grande que ainda sim foi arrastado, batendo violentamente na parede de frente à janela, com os braços em forma de X na frente da face. Bufava, estava em combate. Cuspia sangue, estava ferido. Seus braços estavam cheios de hematomas, sua bandana vermelha acusava sua posição na hierarquia shinobi: Chunnin. Levantou os olhos, cobertos pela franja espalhada, e percebeu que a sala não era totalmente desconhecida. Seus olhos vermelhos cruzaram com azuis conhecidos, alertou logo, mesmo que não tivesse simpatia por aquela pessoa, para que ninguém se preocupasse com o acontecido.
– É ele... – murmurou Kai, com muita calma, voltando o sharingan para a janela.
Saiu da posição defensiva, precisava retomar o fôlego rapidamente, então respirou fundo. O Ryanosuke já tinha seu chakra na metade da quantidade normal e já estava quase fora de condições de taijutsu, mas era um shinobi totalmente tático e elemental. Fez o selo do nono tigre e gerou uma cópia idêntica, um...
– Kage Bunshin no Jutsu!
Kai sacou duas kunais, uma em cada mão, deitou-se no chão e prendeu a respiração. Lentamente, foi submergindo como se estivesse na água, até sumir completamente no solo. Sua concentração no combate era tamanha, que o fato de sua ex parceira de equipe ali estar praticamente nem lhe desviou a atenção, o fato de não terem uma relação tão amigável também o ajudava na frieza.
O Kage Bunshin deitou um joelho e uma mão no chão, a outra estava na barriga. Passou a respirar a dificuldade e encarar a janela com olhos semi-serrados, uma pequena encenação para a distração ser mais eficaz.

Chakra: 51/135
Stamina: 5/10
- 12 C (Kage Bunshin no Jutsu).
- 02 C (Doton Dochu Eigiyo no Jutsu).
- 01 C (Sharigan).

por **Draco** Dom Nov 14 2010, 23:38

Mesmo com aquele acontecimento extremamente estranho, o silencio na sala do hospital era absoluto; provavelmente a Yamanaka e seus alunos não diziam nada porque as suas mentes estavam muito ocupadas tentando entender a cena que acabaram de presenciar enquanto o chuunin estranho se concentrava em algum tipo de ameaça vinda da janela destruída.
O silencio na sala não durou mais do que alguns segundos até que outro acontecimento ainda mais estranho ocorresse: a parede na qual se encontrava a janela anteriormente foi completamente destruída de fora para dentro, lançando poeira e muitos dejetos para dentro do quarto; era como se uma marreta gigante tivesse atingido a parede com uma força abrupta e feita a mesma em pedaços. Quando a poeira começa a baixar uma figura humana começa a ser vista no lugar que anteriormente era uma parede. Era um jovem de aproximadamente um metro e oitenta centímetros de altura, tinha os cabelos brancos e os olhos numa estranha coloração purpura; o lado esquerdo do seu tronco estava semi-nu, já que a camisa que ele usava estava em pedaços, e tinha uma queimadura enorme que tomava conta de todo o lado esquerdo do seu busto; seu braço direito, no entanto, estava intacto e segurava uma katana. Um fio de sangue escorria pela sua boca e a respiração do rapaz era anormal, como se tivesse cansado.

- Parece que eu usei força demais e te lancei mais longe do que pretendia, Ryanosuke. - Disse o rapaz olhando fixamente para o outro chuunin ali presente. Numa breve percorrida de olhos, o jovem de cabelos brancos visualizou algo que lhe perturbou: uma garota de longos cabelos dourados, que olhava para ambos os shinobis com uma expressão um tanto quanto raivosa - Merda... Parece que vou ter que te aniquilar mais rápido do que pensei, Ryanosuke. Primeiro, vamos neutralizar esse seu maldito olho do diabo. - Assim que acabou de dizer aquelas palavras, o jovem que segurava a katana desapareceu, reaparecendo poucos segundos depois ao lado de uma cama onde se encontrava um jovem rapaz deitado; num movimento extremamente ágil, ele pegou o garoto com a mão esquerda e o lançou contra a parede com uma facilidade assombrosa; usando a mão direita, que já segurava a katana que agora estava fincada no chão, ele ergueu a cama e a lançou contra o jovem chuunin do sharingan.

A estratégia era simples: a cama serviria como uma distração e um bloqueio, distraindo a atenção do outro chuunin e bloqueando a sua visão, para que ele não conseguisse ver os movimentos do rapaz dos olhos purpura. Novamente demonstrando de velocidade assombrosa, o rapaz desapareceu e apareceu poucos metros atrás do Ryanosuke, com um dos dedos erguidos e pronto para atacar.

Chakra: 25/65
Stamina: 60/120

- 15 S (Soru rank C x3)
- 5 S (movimentos)
- 5 S (Shigan rank C)

por **Ryanosuke Kai** Seg Nov 15 2010, 00:27

Era de se esperar de Draco uma atitude totalmente bruta, a reação natural da cópia de Kai foi virar-se para trás quando a cama veio ao seu encontro, mas sua velocidade não era o suficiente para conter o golpe, pode pelo menos olhar nos olhos do oponente antes de ser destruído, encenando a face de alguém que estava diante da morte. O real, mergulhado no solo, estava exatamente embaixo disso tudo. Simultaneamente ao ataque de Draco, o ataque de seu oponente: Dez shurikens de fogo saíram do chão, bem embaixo de onde a cópia e o bruto shinobi de katana estavam, ao mesmo tempo, uma kunai, também vinda do solo, atacou o pé direito do jovem espadachim, aproveitando sua guarda aberta para o ataque. A outra mão do Ryanosuke tratou de agarrar o pé esquerdo do rapaz, colando uma kibafu fuda e usando-o para dar um impulso afastando-se do local.
Ao sair do chão, o Ryanosuke só viu a fumaça da kibaku fuda, que explodiu o centro da sala, pedaços do chão se misturaram aos cacos de vidro da janela, a segurança do hospital estava para chegar ao quarto, os shinobis dos arredores provavelmente viriam. Mais um Kage Bunshin foi feito, este ficou de costas para o real, era o único método de poder defender-se de Draco. Sharingan atento, selos de jutsus defensivos já em execução, frieza para ignorar o estado de saúde do garoto lançado e uma leve preocupação com a reação da Yamanaka.
“Creio que essa luta se encerra agora...”

Chakra: 33/135
Stamina: 5/10
-1 C (Sharingan).
-5 C (Katon: Endan Shuriken).
-12 C (Kage Bunshin no Jutsu).

por **Naoki** Seg Nov 15 2010, 08:54

A situação passava de mal a pior, à medida que o aglomerado de pessoas variava, e toda a sua equipa ali se encontrava. Franziu o sobrolho com antecipação sobre a atitude do seu colega, Ookaeri. Fracote, que adjectivo tão inadequado para o descrever, ele não podia sequer começar a imaginar, e talvez nunca chegasse a fazê-lo.
A situação, por muito embaraçosa que fosse, terminou tão depressa quanto começou, e para seu agrado, Mikazu voltou a sair, deixando-o sozinho com a Yamanaka. Mas a caricata situação não terminava ali.

Sem tempo de respirar sequer, algo ou alguém entrou pela janela do quarto, rebentando com a sua estrutura quase por completo, lançando detritos para dentro da habitação. Nesta equipa, as surpresas eram o prato do dia, e como viria a perceber, ainda agora tinham começado as entradas, o prato principal estava para chegar.
O quarto, já visivelmente deformado e repleto de pedaços do que antes fora uma janela, foi inundado pela parede que o ligava ao exterior, toda ela ruiu num estrondo enorme e deu lugar a uma figura humanóide. Não ligou ao facto de ambos terem mostrado conhecer a sua sensei, e ainda mais ao facto de se parecerem odiar de morte, até porque, com o pó e outras coisas que se passavam, ele podia dispensar pouca atenção a detalhes. Estava prestes a levantar-se, não queria mais fazer parte daquela fantochada mas, mais uma vez, os seus planos foram por água abaixo.
Sentiu a cama ser levantada com uma força grotesca, e toda a massa foi arremessada como se de um pedaço de papel fosse, numa qualquer direcção imperceptível ao rapaz. Sentiu a pressão gravitacional remexer os lençóis ainda no ar, e quase que ficou “colado” ao colchão, tal era a velocidade a que se deslocava. O seu dorso queixava-se, as suas pernas pareciam não se querer mover, e a sua mente parecia não compreender o que se passava. Mas que raios havia naquela vila? Cada momento mais estranho que o anterior, cada pessoa mais excêntrica e anormal, cada volta que tentava dar terminava numa confusão ainda maior. Cada poro da sua pele exasperava, medo e excitação, aquele sentimento que lhe fazia falta, que o deixava fora de si. Algo em si despertou, algo que não deveria ter, não poderia ter usado.

No seu olho direito, a marca brilhava agora com uma intensidade inumana, à medida que o chakra especial que agora lhe corria pelas veias, era moldado, na sua forma bruta, para os braços e pernas. Sentiu os seus ferimentos regredirem até desaparecerem, sentiu a sua força voltar, reestruturar-se e moldar-se à forma que o compunha. Agora, depois de percorrer todo a habitação em comprimento, e prestes a embater na parede, as suas pernas afastaram-se do colchão e embateram primeiro no edifício, e com um esforço quase herculeano, Naoki redireccionou aquela mescla de metal, madeira e tecidos, contra o estranho atacante, Draco.
Não se tinha apercebido até ali, mas rapidamente usou a sua bandana para cobrir o olho direito, que parecia querer saltar da sua órbita naquele momento, provavelmente algum efeito colateral de usar aquele chakra maldito. Agora com a sua bandana colocada diagonalmente sobre a sua face, mostrou o seu melhor sorriso, e as suas mãos fizeram questão de elaborar um conjunto extremamente simples de selos, que Setsuka conheceria muito bem.

Cobra – Cão – Pássaro

Kokoni Arazu no Jutsu, um Genjutsu da vila da chuva, que permitia controlar o ambiente, fazendo aparecer coisas que realmente não existiam, neste caso o próprio Naoki tencionava fazer-se desaparecer e aparecer em frente ao Yukishiro, e com um pontapé, que no Genjutsu se mostrava ser extremamente poderoso, arremessar o corpo de que ele tanto se gabava.

Chakra: 35/100
Acumular chakra temporal para recuperar e fortalecer os membros inferiores e superiores - 40
Kokoni Arazu no Jutsu - 1
Augmentar o Genjutsu “Kokoni Arazu no Jutsu” - 24
Stamina: 20/20
Ferimentos iniciais (-18)
Recuperação por chakra temporal (+18)

por **Yamanaka Setsuka** Seg Nov 15 2010, 19:10

Não tivera muito tempo para pensar nas últimas palavras de Mikazu e muito menos para retomar a conversa que queria ter com Naoki, pois outra figura muito conhecida entrou pela janela do hospital, sendo que essa figura pertencia a Kai, um dos seus colegas de equipa. Antes que Setsuka pudesse entrar num ataque de histerismo acerca dos motivos que levaram o Ryanosuke a aparecer ali, este tratou de lhe dar a resposta, que a deixou ainda mais irritada.

"Boa! Já não bastava este gajo aparecer e ainda vem aí o idiota-mor!" pensou Setsuka, que estava a ficar com uma enorme azia.

De facto, segundos após o seu pensamento, o seu outro colega de equipa, que na modesta opinião dela, era a pessoa mais estúpida que alguma vez conhecera, aparecera, comprovando de imediato a teoria de Setsuka acerca da estupidez dele, pois resolvera destruir uma parede de um hospital público DA SUA PRÓPRIA VILA. Qualquer dúvida que a Yamanaka tivesse acerca da inteligência daqueles dois, dissipou-se ainda mais, pois estes iriam continuar ali a luta, cometendo naquele momento diversos crimes: destruição de património, desacatos na via pública, entre outra lista de penalidades que ela não perderia tempo a enumerar.

- Burros de merda... - murmurou a kunoichi, não sabendo se devia matá-los ali mesmo, ou deixar os dois idiotas fazerem esse trabalho e pura e simplesmente rir-se deles.

Ia escolher a segunda opção, mas Draco, sendo ainda mais burro que o normal resolvera praticar arremesso de móveis, escolhendo a cama em que o seu genin estava ainda deitado. Isto não só aumentaria as contas de danos a pagar, como ainda podia causar um homicídio involuntário, mas felizmente Naoki soubera reagir desta vez. Tinha visto, por breves momentos, a maldita marca que a deixava curiosa a iluminar-se, mas o Yamanaka tapou-a, antes de começar a fazer uns selos que apenas ela conhecia. Um sorriso escarnecedor adornou o seu belo rosto. Embora aquele genjutsu não fosse de grande qualidade, Draco, para além de burro como uma porta, não sabia usar chakra. Logo, teria que arranjar uma maneira para se livrar daquilo, ou seja, seria humilhado pelo seu genin, o que seria hilariante e algo que lhe permitiria rir-se dele para o resto da sua vida. Contudo, sabia que mais cedo ou mais tarde, de forma bem ou mal pensada ele teria que se libertar e mal o fizesse, seria atacado por Setsuka, que tinha a obrigação de proteger Naoki. Por isso, mal a Yamanaka visse que Draco tinha-se livrado do ataque de Naoki, esta neutralizar o seu colega de equipa com um forte pontapé, reforçado a chakra, na cabeça. Contudo, sabendo que não seria o suficiente, até porque Draco era melhor em Taijutsu que ela, Setsuka olhou directamente para Kai, murmurando:

- Hoje estou do teu lado, baka...

Esperava que Kai entendesse a dica e atacasse Draco, mal ela acabasse a sua tentativa de pontapé. Não que ela gostasse mais de Kai do que Draco...apenas o detestava ligeiramente menos. Além disso o Ryanosuke não atacara o seu genin. Falando neste, perguntava-se a si própria o que ele pensaria da sua equipa, pois eles (e ela) estavam a agir da forma contrária ao que ela tinha dito que os seus genins teriam que agir.

Nota: O pontapé que irei usar é o Shoufuu, rank C. Descontarei apenas no próximo post.

por **Draco** Ter Nov 16 2010, 01:37

Shurikens de fogo vindas do solo; uma kunai encrustada no seu pé direito; uma kibaku fuda atada ao seu pé esquerdo e, só para dar um toque final, uma cama lançada por um anão de jardim. Essa era uma das situações mais estranhas que Draco já havia encarado. O tempo era pouco, suas opções eram limitadas e, para piorar, o cenário da luta era deprimente. Nunca, há 20 minutos atrás, o rapaz teria imaginado tal reviravolta no que era para ser apenas mais um combate "amigável".

Com o pouco tempo que lhe restava e as poucas opções, o Yukishiro teve que recorrer a mais chata de todas as opções. - Tekkai. - Fora apenas uma palavra, dita num tom quase inaudível; em apenas um instante todos os músculos do corpo do rapaz se comprimiram de forma monstruosa, ganhando uma rigidez mais do que inconcebível. A cama se encontrava a apenas alguns centímetros de distancia do chuunin quando a kibaku fuda explodiu, destruindo o objeto de metal e madeira com o poder de sua onda de impacto.

A explosão destruiu parte do chão e do teto do quarto, lançando novamente uma nuvem de poeira para dentro do comodo. Era possível ouvir o barulho de vários pedaços, de materiais diversos, caindo no chão. Após alguns poucos segundos a nuvem de poeira começa a baixar mostrando a nova "face" do Yukishiro. Um Tekkai daquele nível permitiu que o corpo de Draco ficasse extremamente resistente o que o protegeu da onda de impacto da explosão e minimizou muito os danos que o mesmo recebera; no entanto o Tekkai não fora capaz de proteger o seu corpo do fogo deixando ambas as pernas do rapaz queimadas e num estado espantoso embora não tivessem danos graves. Se não fosse pelo seu corpo mais do que anormal ele provavelmente já teria caído no chão desacordado mas, devido a sua desconhecida bloodline, Draco era dotado de um corpo muito superior ao corpo humano comum permitindo que ele permanecesse em pé e que ainda pudesse lutar mesmo estando naquelas condições aparentemente deploráveis.

O rapaz ainda teve tempo de dar um passo a frente e colocar a mão na sua katana, quando o miúdo que antes estava sobre a cama apareceu a sua frente. O garoto parecia querer lutar contra Draco e, num ato mais do que imprudente, levantou a perna com a intenção de chutar o chuunin; a reação do Yukishiro fora simples: tentou apenas se desviar do pontapé, uma vez que tinha uma velocidade muito superior a do pequeno shinobi, mas o seu corpo não respondeu e não saiu do lugar. Quando percebeu que seu corpo não se movia o chuunin decidiu simplesmente ficar parado a espera do golpe, não havia necessidade de se preocupar com o pontapé de um garoto tão pequeno e aparentemente frágil; mas a analise dele estava incorreta, quando recebeu o golpe do pequeno seu corpo fora lançado com tremenda força como se o genin tivesse, de alguma forma, uma força até maior que o próprio Draco. Poderia ele ter se enganado? Como raios podia um rapaz tão pequeno e aparentemente inofensivo ter uma força tão monstruosa? E, se era assim tão poderoso, porque não impediu o Yukishiro de lançá-lo contra a parede? Em meio a tantas perguntas o jovem de cabelos brancos só conseguia pensar em uma resposta coerente: estava sob o efeito de algum genjutsu lançado pelo seu oponente do sharingan. Mesmo que Kai nunca tivesse demonstrado uma habilidade aprofundada com genjutsu quando eram da mesma equipe, isso não descartava o fato de que o rapaz ainda era detentor daqueles olhos malditos e de que tinha grande habilidade no controle de chakra; ainda por cima Kai sabia que a maior deficiência de Draco era a sua falha no controle de chakra e que genjutsus eram a arma perfeita contra o mesmo. Não tinha certeza alguma se estava certo ou errado, mas aquela parecia a opção mais correta. O Yukishiro não tinha conhecimento de nenhum jutsu para se livrar de genjutsus, mas conhecia uma outra forma: sem pensar duas vezes ele cravou a sua própria espada na sua barriga, perfurando o próprio rim, sendo que no mesmo instante foi trazido de volta a realidade.

Queimaduras no tronco e nas pernas, ferimentos leves por todo o corpo e um dos rins perfurados. Isso seria o suficiente para levar qualquer humano direto a sepultura; mas Draco conseguia se manter de pé, embora agora precisasse se concentrar para fazer isso, e manter o rosto erguido. Podia sentir todo o seu corpo tremer levemente, provável consequência dos ferimentos. Era a primeira vez que o rapaz via seu corpo em estado tão deplorável e nem mesmo sabia como agir diante de tal situação. Para piorar um pouco mais as coisas, a sua ex parceira de equipa parecia querer acabar de vez com o chuunin desferindo um chute contra sua cabeça. A velocidade de Draco ainda era maior que a dela, sendo que o mesmo teve tempo de posicionar sua mão abaixo do queixo e utilizar novamente o Tekkai se defendendo completamente do ataque. Assim que o pé de sua companheira começou a cair o Yukishiro cancelou a defesa e agarrou o mesmo rapidamente - Porcaria... Odeio quando outras pessoas interferem na minha luta. - Falou o rapaz de cabelos grisalhos olhando diretamente para a face de Setsuka - Ei, Ryanosuke, vamos dar esse combate como um empate, ok? A interferência desses dois tirou o meu animo. - Dito isto, ele soltou a perna da garota e guardou a sua espada, começando a sua caminhada para fora do que antes era um quarto de hospital desejando que nenhum dos presentes atrapalhasse a sua volta para casa.

por **Ryanosuke Kai** Ter Nov 16 2010, 02:17

Estava acabado. Apesar de não temer o desenrolar da luta, Kai sentiu certo alivio em não precisar mais ficar atento, cancelou o clone, mas manteve sua bloodline atenta.
– Certo, empate. – disse com um leve sorriso falso, tanto Draco quanto Setsuka sabiam que era só um costume do rapaz sorrir, visto que naturalmente não o fazia. Voltou seus olhos vermelho-sangue para a ex-companheira de equipe, ignorando o oponente de agora a pouco. – Setsuka-chan, perdoe-nos por esta bagunça... O Draco-kun tirou-me dos limites do nosso combate, e eu não podia simplesmente sair correndo, a não ser que quisesse perder alguns membros... Tentei neutralizá-lo da forma mais rápida sem bagunçar demais por aqui. – Olhou então para a porta, podia ouvir passos, provavelmente a segurança do hospital. – Espero que não vá me trazer problemas com a vila, afinal, foi inevitável de minha parte. – O Ryanosuke desviou a atenção então para o garoto, pode ver que não era um chakra qualquer que fluía em seu corpo, além da quantidade imensa que demonstrava, antes de utilizada para curar-se, foi incrível como seus ferimentos desapareceram, como se nunca tivesse acontecido. Com uma voz suave e um sorriso simpático, lançou sua encenação ao rapaz. – Habilidade interessante, pequeno. Lidou bem com aquele monstro, sem medo... É aprendiz da Setsuka-chan, hu?
Com uma certa dificuldade, caminhou até a janela e olhou o sol.
– Já está quase na hora do encontro da equipe, eu devia ter desmarcado essa luta... Mas era capaz do Draco-kun ir atrás de mim no campo e colocar a vida dos gennins em risco. – uma hipocrisia de revirar o estômago. Kai não ligava para a vida dos gennins, se não fosse O Código, ensinado pelo seu sensei, nem um shinobi de Konoha seria. Setsuka conhecia a verdadeira face daquele rapaz, mas a encenação ainda era necessária, havia o pequenino ali e a qualquer momento alguém podia entrar pela porta. – Novamente, perdão. Setsuka-chan, caso o hospital pergunte o que houve, bote a culpa no Draco-kun. – Mais um sorriso amigável, perfeito, só falho diante do conhecimento que a garota tinha de seu antigo parceiro de equipe. Saltou então da janela, rumo ao seu ponto de encontro com a equipe.

por **Naoki** Qua Nov 17 2010, 15:37

Os seus lábios comprimidos numa fina linha que delimitava apenas os limites da sua curiosidade perante aquela pessoa, franziram-se num sorriso determinado, se esta era a força dos shinobis rank C, iria ter que treinar bastante mais para estar à altura. O seu corpo parecia estar numa espécie de transe, tinha usado aquele chakra apenas uma vez e, para seu azar, fora há mais de uma centena de anos atrás, na sua mente. Lembrou-se então de que havia dado o seu trunfo a três pessoas, teria que viver com isso, infelizmente, para já. Sem contar que, a forma como haviam agido uns perante os outros, indicava fortes sentimentos, negativos, mostrando que não era a primeira vez que se envolviam em batalhas. Aquela estranha atitude, os conhecimentos de técnicas e habilidades, e até mesmo o esgar de escarninho comum aos três. Eles eram… Não ousou terminar o pensamento, não importava. Tinha impressão que se descobrisse mais do que precisava, podia sair prejudicado, ou mesmo que tal não acontecesse, não iria obter o que queria, além disso não lhe custava nada deixar as coisas em banho-maria, enquanto preparava o resto das condicionantes.

Ouviu passos no corredor. Certamente o staff do hospital que vinha verificar os acontecimentos recentes no quarto, seria complicado explicar que, dois Chuunins haviam entrado ali à estalada e destruído aquilo tudo, até porque provavelmente aquilo poderia resultar em graves consequências para eles. Não que se importasse com o bem-estar daqueles dois, mas porque não queria as cobaias de teste estragadas. Tanto um como o outro se mostravam estranhos, diferentes, empolgantes. Algo lhe dizia que, usá-los como bonecos de teste seria mais divertido que vê-los demovidos dos cargos actuais, por exemplo. Piscou o olho, o único visível, à sua sensei. Mais uma vez estava prestes a fazer algo que não devia, até porque com a sua capacidade de compreensão bastante avançada, ela iria compreender ainda melhor o funcionamento do seu chakra, o que nem era tão mau assim já que o podia ajudar a desenvolvê-lo. Mas a verdade era que queria evitar recorrer a este caminho até ao último momento, e aparentemente ele tinha chegado.
Avançou até ao centro da sala, e baixou um joelho até ao chão, apoiando-se na mão direita. O chakra revolvia, primeiro em torno do seu tronco, e em seguida para o braço que estava ligado ao chão, espalhando-se em todas as direcções. Rapidamente, os acontecimentos passados eram anulados, e a cama reapareceu, intacta, no seu lugar original. Cadeiras, mesas e outros utensílios do local voltaram a ficar em perfeito estado de utilização. A sua mão esquerda deslocava-se agora à bolsa, para retirar algo, mais concretamente uma pílula.
Colocou-a na boca e seguiu-se o típico som de engolir, e visivelmente as suas energias foram recuperadas, enviando ainda mais chakra pela habitação, e agora era a vez das paredes se reconstruírem e voltarem ao seu total estado de integridade, bem como as janelas nelas existentes.

No fim, o quarto estava intacto, impecável, como havia estado momentos antes de tudo começar. Levantou-se a tempo de ver um grupo de pessoas entrar no quarto à pressa, tentou disfarçar um ar de surpresa.

O que se passou aqui? Ouvimos barulhos!

Podia ter deixado tudo impecável, mas não tinha “apagado” o barulho que fora feito. Desta feita a sua expressão passou a ser de embaraço. - A verdade é que, sou muito assustadiço, e a minha sensei quis ajudar-me a ultrapassar essa dificuldade, utilizando o som para que eu me pudesse habituar. Não tivemos a acústica local em conta, e isso resultou num enorme estrondo em todo o hospital. Mas não voltará a acontecer. - Fez uma vénia, tão baixa quanto a sua cabeça podia ir, - as nossas desculpas pelo incómodo!

As pessoas saíram do quarto, fechando a porta atrás de si, provavelmente porque estavam prontos para outro tipo de intervenção, e na verdade teria sido o que vinham fazer, caso fossem mais rápidos. O rapaz não pôde evitar olhar para a sua sensei, com um sorriso de orelha a orelha, mostrando os dentes todos. Obviamente uma demonstração de orgulho nas suas capacidades, coisa que não mostrava a muitos, até porque detestava ser forçado a jogar com as cartas todas do seu baralho. Agora iria esperar para ver o que ela lhe tinha a dizer, e pensar seriamente no que lhe iria dizer a ela, para explicar tudo aquilo que se havia passado nos últimos momentos. Sentou-se na cama voltado para ela mas não disse nada, ficando apenas à espera da sua reacção.

Chakra: 50/100
Restaurar o quarto de hospital -85
Pilula de chakra +100
Stamina: 20/20

por **Yamanaka Setsuka** Qua Nov 17 2010, 18:29

Não ficou espantada quando Draco bloqueou o seu pontapé com tanta facilidade, até porque estava à espera disso. Afinal o idiota era um monstro do taijutsu e embora ela também fosse relativamente boa nessa área, ela não era a sua principal. Contudo, ficou espantada por este apenas largar o seu pé e não a atacar. Draco devia estar muito furioso com Kai, para deixar passar essa oportunidade ao lado. Encarou com indiferença a falsidade do Ryanosuke, até porque já estava habituada, mas quando finalmente se deu conta que ambos os seus colegas tinham partido, lembrou-se que ia ter de explicar aos membros do hospital o que raio se havia ali passado.

- Filhos de uma p*ta...- sussurrou.

Foi nesse momento que encarou Naoki, pronta a dizer-lhe que ele se preparasse para fugirem dali para fora, mas não foi necessário, pois este fez algo que a chocou: utilizou algum jutsu que fez as coisas voltarem ao normal, intactas, quase como se tudo tivesse viajado pelo tempo menos eles os dois. A sua boca entreabriu-se por segundos, mas depressa tirou a conclusão que aquele poder estava relacionado com a estranha marca que havia parecido. Por momentos ficou com receio, que se aquilo fosse uma viagem temporal, que Kai e Draco voltassem a aparecer, mas um breve olhar sob o seu relógio fê-la ver que apenas o espaço se havia alterado, pois as horas tinham continuado a passar normalmente. Ia tentar saber mais, mas várias pessoas entraram naquele preciso momento, com Naoki a inventar uma desculpa, que ela confirmou:

- Foi isso mesmo que aconteceu. Esperava que as paredes aqui de Konoha isolassem o som...É perigoso numa vila como esta ouvir-se tão bem o que se passa dentro de uma sala.

Claro que havia aproveitado para rebaixar Konoha, o que não passou despercebido àquele grupo. Porém, talvez por não quererem problemas, estes saíram do quarto. Olhou então para Naoki que sorria com orgulho e embora ainda espantada com o sucedido, apenas suspirou antes de voltar a sentar-se na sua cadeira.

- Não me devias ter mostrado isso, Naoki-kun. Só me conheceste hoje e por isso não devias ter-me confiado esse segredo, embora eu não vá fazer uso dele. - disse calmamente. - Mas, conselhos à parte, tu sabes que eu também sou uma Yamanaka e embora não tenha tido tempo para aprender com o meu pai todos os jutsus do clã, sei perfeitamente que o que fizeste não está incluído. Por isso, a não ser que a tua mãe tenha tido esse poder, o que fizeste não é algo hereditário. E eu, nas minhas viagens pelo mundo, nunca ouvi falar de algo semelhante. E aquele chakra com que atacaste o Draco...um Genin não costuma ter energia em tanta quantidade...Como aprendeste estas coisas?

A sua questão era calma e a mais natural, na sua mente, a fazer. Tinha entendido mais ou menos o poder que Naoki tinha. Parecia-lhe apenas que ele havia manipulado ou o espaço, ou o tempo, mas se o último caso fosse o correcto, ele havia manipulado o tempo apenas daquela sala, por isso a primeira hipótese parecia a mais lógica. Quanto ao chakra enorme, sabia que devia vir daquela marca...afinal esta brilhara antes do ataque a Draco. Por isso mesmo, para além da pergunta já feita, resolveu fazer outra:

- É essa marca que escondes que te dá o poder, certo?

por **Naoki** Sex Nov 19 2010, 16:32

A repetição da pergunta, entoada de outra forma, outro jeito. Fê-lo pensar no que se tinha passado e, embora o seu lobo occipital direito tivesse deixado de lhe doer, nunca tinha tido uma sensação tão estranha assim, para não falar que, a marca que ela colocava em causa agora… podia essa marca ser o contracto que fizera dois anos antes? Não tinha ele decidido fazê-la aparecer na sua língua, onde ficava escondida dos demais? De qualquer das formas havia chegado, o momento em que as perguntas seriam esclarecidas, as suas e as dela, para que nada ficasse para trás antes de poderem prosseguir com o treino que ele próprio havia estabelecido.

Sebastien, - e, ao aparente commando da sua voz, um vulto negro formou-se atrás de si. Humanoide, com feições indistintas, as suas unhas preponderantes e os seus dentes aguçados como lâminas. - Este é o demónio que encontrei, há dois anos atrás, e com quem contraí um acordo de vida ou morte. - Levantou a bandana, revelando a marca ainda intacta no seu olho direito, e desviou o olhar ligeiramente para o lado, quase na direcção daquele ser. - Pode-se dizer que ele é… - o escarninho no seu olhar indicava-o, ódio, desprezo, rancor. Mas ainda assim as suas palavras saíram num tom de brincadeira, quase sarcasticamente. - …o meu animal de estimação. Não é verdade, Sebastien?

A figura permaneceu calada uns momentos, como se estivesse à espera de algo mais, e quando viu que aquilo era tudo, limitou-se a comentar. - Não sei que quer que responda.

O rapaz franziu o olho, agora sim divertido com a situação. - Quero que digas aquilo que sempre dirás quando te der uma ordem. - o outro não hesitou, e com um olhar impávido e sereno disse apenas. - Sim, mestre.

Então tenho mais uma coisa para te perguntar, Sebastien. Porque é que o contracto mudou de lugar?

Quanto mais fortes os sentimentos do detentor, maior será a visibilidade do contracto e, com isso maior será o controlo que o detentor possui para com o seu demónio. Porém, - e agora o olhar de gozo e divertimento era dele, - quanto mais visível for o contracto, mais facilmente o demónio encontra a sua presa.

Estou a ver, - disse simplesmente, sem o menor indicio de espanto na sua voz, apesar de o demónio saber tudo o que ele estava a sentir naquele momento, - uma faca de dois gumes. - Voltou-se novamente para a sua sensei, aparentemente despreocupado pelo facto de ela ter ouvido toda aquela conversa. Ela havia percebido tanto em tão pouco tempo, mas precisava verificar se de facto aquela capacidade era real ou se, por algum motivo, ela tinha chegado aquela conclusão por acaso. - Enganas-te, Setsuka-san. A minha quantidade de chakra vem da parte da minha mãe. E esta habilidade, trata-se somente de um genjutsu, colocado no local para que todos o vejam como alterado. Essa é a minha especialidade, como podes ter visto no meu ataque contra o teu amigo, genjutsus. Não irás conseguir desfazer este Genjutsu facilmente, no entanto eu posso desactivá-lo e mostrar-te que não estou a mentir. - Com isto dito, Naoki iria ver agora até onde a rapariga conseguia ver através das suas mentiras, girou sobre o próprio tronco e esticou o braço, abanando a mão no processo. À sua passagem, a silhueta por detrás de si desvaneceu, como se de fumo se tratasse, apenas mais lenha para aquela fogueira que já ardia tão intensamente.

por **Yamanaka Setsuka** Seg Nov 22 2010, 15:16

off- demorei a responder porque só li hoje a resposta à pm

Não se tinha impressionado muito com aquela espécie de demónio, por dois motivos: primeiro, sabia que aquela coisa, comparada com os bijuus, era uma anedota e segundo, um demónio que tinha a necessidade de fazer tratados com crianças era patético. Por isso, não havia nada naquele ser que fosse intimidativo, sendo que Setsuka encarou-o com indiferença e uma leve dose de desprezo. Ouviu então a resposta de Naoki, analisando calmamente as suas expressões faciais. Este devia pensar-se muito esperto, mas qualquer pessoa que tivesse passado um exame chuunin com mérito, percebia que ele estava a mentir.

- A tua presunção em relação ao facto de achares que me consegues enganar ofende-me, por isso não insultes a minha inteligência, Naoki... - murmurou a Kunoichi.

A formulação da mentira do genin havia sido bem-feita, mas cometera um leve erro. Sendo que o rapaz dissera que o genjutsu estava aplicado ao local, seria fácil verificar a veracidade da sua afirmação e por isso. Setsuka dirigiu-se calmamente à parede que até à momentos estivera destruída e tocou-lhe levemente, antes de dizer ao rapaz:

- Se isto fosse de facto uma ilusão, eu ao tocar na parede tinha caído lá para fora, porque estava a ver algo que não existia. Depois disseste que "disfarçaste" o que aconteceu e por muito fantástico que o teu chakra seja, seria impossível manteres esta ilusão para tanta gente...principalmente quando essas pessoas estão num nível muito superior ao teu.

Aquilo era verdade. O rapaz podia até ter um talento natural para o genjutsu, mas os grandes ninjas de Konoha, incluindo os médicos, estavam habituados a ilusões de maior capacidade e tinham a inteligência para entenderem que algo não estava bem. Contudo, sabia que o rapaz podia tentar enganá-la de novo, sendo que por isso acrescentou:

- Além disso, estás a esquecer-te que sou uma Yamanaka. Posso não ter um Sharingan que veja através das ilusões e posso não ser tão esperta como um Nara, mas o meu poder está na minha mente. Não é fácil confundir o meu cérebro. Por isso diz-me a verdade ou não digas nada.

Preferia que ele dissesse que não queria falar sobre aquilo ao invés de lhe mentir, até porque apenas fizera uma questão por pura curiosidade, não tendo dado nenhuma ordem.

por **Naoki** Seg Nov 22 2010, 16:53

Sim, uma ilusão criada para deturpar o espaço envolvente, essa era a descrição de genjutsu adquirida através da academia, do treino shinobi. O que a sua sensei havia acabado de dizer continha, em grande parte, uma verdade. E nem se espantou com o facto de ela testar fisicamente aquilo que lhe tinha dito, ou mesmo com o facto de ela apontar descaradamente que o poder dela, sendo uma Yamanaka, se encontrava na mente, mesmo sabendo que o mesmo se passava com ele.

… algo que não existia, ahn? - repetiu, mecanicamente. - Sabes, durante muito tempo também pensei assim, acreditava que a realidade e a ilusão eram duas coisas diferentes, que eram caminhos paralelos geridos pelos nossos cérebros de forma quase perfeita. Mas estava enganado. Realidade e ilusão cruzam-se, entrelaçam-se e fundem-se naquilo que nós, seres humanos, chamamos “existência”. Tudo o que fazemos, tudo o que acreditamos, possui uma parte da realidade e uma parte da ilusão, qual delas a maior? Que parte é qual? Não sei, e creio que nunca ninguém irá conseguir descobrir tal coisa. Mas essa é a mais pura das verdades, foi algo que eu vi, senti, vivi durante toda a minha vida. - Impávido, sereno, uma atitude quase imperceptível perante a sua sensei mostrava intensidade no discurso e tenacidade na argumentação. Havia descartado o estatuto de aluno para assumir o de igualdade perante aquela pessoa, depois de ver a sua resposta, se aquilo continuava ou não a ser um teste, ainda era muito cedo para saber. A sua face, agora séria, mostrava o descontento que tinha perante a jovem Yamanaka. - O teu pai era um assassino, e então? A vila está de olhos postos em ti, e então? Tens uma equipa estranha, composta por Genins que foram, de outras formas, abandonados, E ENTÃO? Vives ancorada a uma realidade que criaste na tua mente, agarraste-te ao rancor que te cortou as asas da imaginação e vens-me dizer para não te enganar? DEIXA-TE DE MERDAS, SETSUKA! - a marca do seu olho direito, um cúmulo de luz que emanava quase incessantemente com cada palavra, com cada onda de sensações, sentimentos que o invadiam sem parar. Bufava, tremia, exasperava de uma forma quase furiosa com aquela rapariga que não mais considerava ser sua sensei.

Se depois de tantas dificuldades como dizes ter tido, depois de uma vida difícil, depois de te teres levantado e vindo ao lugar onde te odeiam para cumprir os teus mais profundos desejos, este ainda é o limite da tua compreensão, então peço-te… - voltou-lhe as costas, desinteressado. - …manda-me novamente para a academia.

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